sábado, 21 de maio de 2011

Um tempo para ensinar...

"Eu não me Importo com Quanto você Sabe até Saber Quanto você se Importa"

Neste mês de Maio, vivemos, de forma especial, a maternidade. A Igreja vive intensamente a devoção a Maria - mãe de Deus e mãe dos Homens - relembrando a plenitude da sua entrega, recolhendo a humildade do seu sim, e aprendendo com o seu exemplo.
Nem mesmo a sociedade civil fica indiferente a esta realidade extraordinária que é a maternidade, dedicando-lhe no calendário um dia especial. Um dia que é Domingo, dia da família por excelência, dia do reencontro e da celebração da vida.
Por estes dias, assistimos a tantas manifestações de jovens e menos jovens que, de forma mais ou menos pacífica, exigem a construção de uma nova sociedade. Reclamam a falta de valores - que valores? - e exprimem com afinco a necessidade urgente de reestabelecer os princípios - que princípios? - que são as Leis Primárias da Vida.
Neste belíssimo mês de Maio, valerá a pena, concerteza, relembrar que os valores e os princípios fundamentais da vida humana começam na família, e de forma particular na maternidade. Quem é mãe sabe o quanto se estende esse papel na vida dos filhos, muito para além de cuidar deles enquanto bébés, muito para além de os proteger enquanto crianças, de os corrigir enquanto adolescentes e de os apoiar enquanto adultos. A maternidade é o próprio verbo AMAR conjugado em todas as pessoas e em todos os tempos o tempo todo.
Mãe é sempre aquela que mais se importa e é sempre isso o que mais importa aos filhos. Nessa mágica constante, nesse querer-bem contínuo, a mãe é a principal educadora da família. Assim, sobre a mulher-mãe recai uma missão extraordinária, que, sem a graça de Deus, não me parece nem possível de começar. Acredito que as mães guardam um lugar muito especial no coração de Deus, e que encontram particular afecto, carinho e força, no coração de Maria.

Encontrei entre as páginas de um pequeno livro salesiano um pequeno Decálogo dos Pais. Transcrevo aqui essas considerações. Que estas pequenas recomendações, repletas do espírito de Dom Bosco, possam ajudar as mães (e pais), a "estabelecer a caridade, nascida de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera" (1Tim. 1, 5) para que os seus filhos possam percorrer o caminho de Cristo, passando de "almas viventes" a "espíritos vivificantes". (refª 1Cor. 15, 44).

Decálogo dos Pais
1. Amarás o Senhor, nosso Deus, sobre todas as coisas e com a Sua graça saberás amar os teus filhos, com um amor sem limites. Amá-los-ás mais do que à tua profissão, ao teu nome, ao teu tempo, ao teu saber e ao teu poder.

2. Invocarás o teu nome e condição de mãe e de pai, não tanto para exigir e mandar, mas para educar as vidas que te foram confiadas. Saberás que a verdadeira autoridade passa mais pelo modo como vives e pelo que fazes, do que por aquilo que dizes. O testemunho de vida será a forma simples e espontânea de irradiar valores e as palavras que proferes serão sinal quotidiano das tuas responsabilidades parentais.

3. Saberás guardar e respeitar para ti e para os teus filhos, o descanso necessário ao refazer de energias, tanto espirituais, como físicas. Aproveitarás os tempos livres como oportunidade excelente para desenvolver, na família, uma relação de proximidade e intimidade, de conhecimento e entreajuda.

4. Honrarás o papel irrenunciável e insubstituível de mãe. Primeiro e principal educador.

5. Farás da família o habitat natural da vida humana, na sua génese e no seu desenvolvimento. Serás testemunha, pela tua entrega, de que não há maior prova de amor do que dar a vida; cultivarás nos teus filhos o mesmo amor e apreço pela beleza da existência e ajudá-los-ás a querer prolongar a herança da vida.

6. Criarás um clima de amor e afecto sem excluir da ternura a disciplina e o esforços da integridade. O ambiente familiar animado pela afeição é a atmosfera educativa por excelência.

7. Não furtarás aos teus filhos o tempo para o diálogo. O amor gratuito, a atenção ao outro, a prática do diálogo e do perdão serão a grande escola dos valores e de uma vida em comunhão e em comunidade, a chave do verdadeiro sucesso.

8. Não te enganarás a ti próprio ignorando a verdade a respeito dos teus filhos.

9. Saberás fomentar o valor da amizade e o respeito pela intimidade.

10. Confiarás os teus filhos a Deus, na certeza de que eles não são apenas fruto das tuas escolhas e atitudes. São eles próprios, na sua originalidade e liberdade, no seu ser e circunstância, filhos de Deus-Pai.

1 comentário:

  1. Gostei muito do que escreveste hoje
    esta maneira de estar que devemos anunciar.

    A dinâmica de vivência em familia é de todo indissociável da dinâmica de vivência em Cristo!

    A família doméstica é o sentido prático da Igreja de Cristo e o amor de Mãe é a primeira pedra que o edifica!!!!

    continua a inspirar-nos Sofia

    Pedro Azadinho

    ResponderEliminar